Em um senso comum, em qualquer conversa, os formatos musicais são: Vinil, Cassete, CD e o atual Streaming. Mas entre um e outro, muitos formatos morreram no caminho e sequer chegou a nós.

Para os formatos conhecidos chegarem a grande massa, é por que tiveram que passar pelo aval do mercado enfrentando outras mídias.

A qualidade do som, comodidade, quantidade de faixas, tudo eram tópicos nessa disputa que ficou conhecida como: “A Guerra dos Formatos.

Abaixo a lista de 5 formatos elaborada pelo Leonardo Rodrigues em seu blog.

Cartucho de 8 pistas (Stereo 8, também conhecido como 8-track)

Formatos Stereo 8

Uma fita magnética parecida com a do console Atari que rivalizou com o K7 entre seu lançamento, em 1964, e o início da década de 1980.

Por que não deu certo?

Porque possuía limitações técnicas. Apesar de possuir qualidade de som similar à do K7, os cartuchos não permitiam rebobinar a fita, que vinha dividida em quatro “programas” selecionáveis com duas faixas cada um (daí o nome 8-track). E esses programas tinham duração fixa.
Por causa disso, ficava difícil ajustar o conteúdo de um LP de dois lados em quatros programas. Os lançamentos eram constantemente editados, com músicas cortadas e ordens alteradas. Algumas faixas eram até excluídas.

Digital Audio Tape

Formatos  DIgital Audio Tape

Formato digital também baseado em fita, desenvolvido pela Sony nos anos 1980 e que prometia qualidade sonora superior e maior capacidade de armazenamento. Uma evolução das fitas K7 para os padrões de exigência da época.

Por que não deu certo?

As DAT sofreram boicote por parte da indústria fonográfica americana, que atuou para impedir que LPs fossem gravados e pirateados com qualidade “perfeita” nesse novo tipo de fita. O lobby resultou em uma lei que onerou com royalties artísticos os preços das DATs e seus aparelhos reprodutores.

Diante do alto custo de produção e da instantânea aceitação dos CDs no mundo, o formato logo se tornou obsoleto e desapareceu. Passou a ser empregado quase exclusivamente em estúdios e gravações profissionais.

MiniDisc

Formatos MiniDisc

Um disco ótico de armazenamento de dados lançado pela Sony em 1992 e que mais parecia um “disquete”. O marketing pregava o melhor dos mundos: alta qualidade sonora do CD, com mídia ainda mais portátil e protegida, aliada à possibilidade de gravação do K7.

Por que não deu certo?

Porque, quando chegou ao mercado, os CDs já estavam em alta, e por causa disso as gravadoras não viam necessidade em investir em MDs pré-gravados, já que dificilmente os consumidores trocariam seus recém-adquiridos compact discs. Reprodutores ainda tinham curta vida útil.

O timing também prejudicou. Poucos anos depois, no final dos anos 1990, a chegada do formato MP3 e a popularização de gravadores de CDs em computadores levantaram a pá de cal para os MiniDiscs, que até conseguiram ser relativamente populares no Japão e Europa.

Super Audio CD (SACD)

Formatos Super Audio CD (SACD)

Nada mais do que um CD de qualidade “infinita”, com taxa de amostragem sonora 64 vezes maior. O projeto foi desenvolvido pela Sony e Philips, criadoras do CD, e lançado com pompa e circunstância em 1999.

Por que não deu certo?

Porque a qualidade de áudio superior não fazia diferença para os ouvidos da maioria das pessoas, que vinham cada vez mais preferindo escutar música digitalmente em computadores e dispositivos portáteis, como o futuro iPod.

DVD-Audio

Formatos DVD-Audio

Outro CD “aperfeiçoado”. Chegou em 2000 justamente para concorrer com SACD (modelo acima).

Por que não deu certo?

Porque era ainda mais problemático. O disco não podia ser reproduzido em qualquer CD-players e cobrava ainda mais que o SACD pelo uso da patente. Resultado: gravadoras se dividiram e rapidamente “cancelaram” a tecnologia.

A maior parte dos consumidores não viu quase nenhum deles nas lojas, e tanto o DVD-Audio quanto o SACD se tornaram alvo apenas de audiófilos e desbravadores tecnológicos dispostos a bancar a alta definição. Em 2007, já eram considerados comercialmente extintos.