Tegestologia é o hobby de colecionar porta-copos de bebidas, ou bolacha, como estamos acostumados, valorizando-os pelo design, valor histórico e também sentimental pelo item. Entre os maiores colecionadores está o austríaco Leo Pisker, com mais de 152.000 peças.
O que é Tegestologia?
No universo dos colecionáveis relacionados à cultura cervejeira, a tegestologia é o hobby de colecionar porta-copos de bebidas, especialmente os de cerveja. Essa prática, originária do termo latino “tegestos” (tapete de junco pequeno), nasceu como uma solução prática para manter insetos e detritos fora dos copos de cerveja. Enquanto isso era feito com tampas em ambientes externos, os frequentadores de bares passaram a usar feltros para cobrir suas bebidas, estabelecendo a origem dos porta-copos modernos.
Uma Breve História dos Porta-Copos
A história dos porta-copos de cerveja remonta ao final do século XIX, quando a empresa alemã Friedrich Horn introduziu os primeiros porta-copos descartáveis em papelão. Esses primeiros modelos eram práticos e logo se popularizaram na Europa, principalmente no Reino Unido e na Alemanha, onde se tornaram parte da cultura de pub e uma ferramenta essencial para divulgar marcas de cerveja. O sucesso levou à criação de diversas variações, cada uma refletindo um pedaço da história social e cultural daquela época.
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A introdução dos porta-copos abriu espaço para o surgimento de designs que representam não apenas as marcas, mas também celebram eventos e momentos históricos. Com o crescimento da popularidade da cerveja e da cultura de pubs, a tegestologia ganhou seguidores e inspirou a formação de clubes e comunidades de entusiastas ao redor do mundo.
A Fascinação pelos Designs de Porta-Copos
Para um tegestologista, um porta-copo vai além de sua função prática. São itens que capturam a história visual e cultural, além de momentos socioeconômicos específicos. Porta-copos clássicos, como os das cervejarias belgas, são valorizados por seu design atemporal, enquanto itens modernos são desejados por sua criatividade e singularidade. A variedade abrange desde edições limitadas e comemorativas até os mais excêntricos, de várias formas e materiais, como madeira, silicone e cortiça, cada um projetado para impressionar e refletir o espírito do lugar ou do evento onde foi distribuído.
Premiações de Porta-Copos: Reconhecendo os Designs Mais Originais
Em várias partes do mundo, existem premiações anuais que celebram os designs mais bonitos e originais de porta-copos. Um exemplo notável é o Concurso Moty, organizado pela Sociedade de Colecionadores de Porta-Copos Britânicos (British Beer Mat Collectors Society). Nesse concurso, os membros votam nas melhores bolachas do ano, classificadas em duas categorias: Peça Única (frente e verso) e Sets (jogos com mais de 3 peças). Essas competições ajudam a destacar a criatividade e a qualidade do design, além de promover o interesse e o valor cultural dos porta-copos colecionáveis.
O Maior Colecionador do Mundo
O austríaco Leo Pisker é o atual recordista mundial de tegestologia. Com uma coleção de mais de 152.000 porta-copos de 192 países, Pisker tem itens de diversos tamanhos, sendo o maior com 76 cm e o menor com apenas 25 mm. Essa coleção reflete a amplitude e a popularidade que o hobby alcançou. Para ele e muitos outros colecionadores, cada item traz um pedacinho de história e oferece um olhar sobre o design de diferentes épocas e locais.
Obviamente que é um número assustador, no entanto, há muitos adeptos da Tegestologia ao redor do mundo, e se você chegou até aqui, há uma grande chance de você ter algumas peças guardadas em sua casa.
Usos e Funções dos Porta-Copos
Embora inicialmente usados para proteger bebidas e absorver respingos, os porta-copos têm várias utilidades. Eles são usados como ferramentas de marketing e em memorabilia. Em pubs e restaurantes, servem para promover a marca e até para dar personalidade ao ambiente, funcionando como uma lembrança que os clientes podem levar para casa.
Além disso, porta-copos também têm usos inusitados: são ótimos para equilibrar mesas ou até usados como frisbees em momentos descontraídos. Em eventos e festivais, são distribuídos como itens personalizados, que refletem a identidade da marca e encantam tanto os colecionadores quanto os consumidores casuais.
Formado em Publicidade e apaixonado pelo universo da música e das bebidas, Jefferson criou o São Gallö como um hobby, onde compartilha curiosidades e histórias fascinantes desses dois mundos.
