Este é o primeiro texto da série ‘Toca o Tape’. Em cada edição, apresentarei uma breve introdução a um álbum escolhido cuidadosamente, abrangendo diversos estilos e épocas da música.
E o primeiro que decidi trazer para vocês é o sexto álbum de estúdio da banda norte-americana Kansas, o Monolith de 1979.
O Kansas vinha acumulando sucessos a cada álbum desde seu debut, e dois lançamentos históricos em sequência catapultaram os seis integrantes ao estrelato do rock setentista: Leftoverture (1976) e Point of Know Return (1977). O ano era 1979, mais especificamente no mês de maio, e Monolith veio ao mundo quando a banda estava em seu auge.
O que esperar?
No aspecto musical, o uso inteligente, sem exageros, da virtuosidade do sexteto é uma constante, e o impressionante vocal de Steve Walsh segue afiado, interpretando temas que tratam de questões pessoais e refletem angústias tão comuns a todos nós. Em momentos mais leves do álbum, como em People of the South Wind, Stay Out of Trouble e Reason to Be, a banda mostra sua grande versatilidade e destreza ao explorar territórios diversos.
Já no aspecto visual, o álbum tem como capa uma pintura de Bruce Wolfe, imaginada a partir dos povos retratados na própria People of the South Wind e cheia de elementos inusitados para se observar.
Confira também nosso quadro especial “Mestres Das Capas”.
É bem verdade que Monolith não atingiu o sucesso esperado, talvez por ter falhado em gerar ao menos um grande hit radialístico como seus antecessores fizeram. Mas a recepção morna e um certo ostracismo na discografia da banda parece ter ajudado a torná-lo um álbum fortemente cultuado entre os fãs.
Profissional da área da saúde e amante da música desde sempre. É baterista nas horas vagas e tem uma paixão especial pelo rock progressivo.